Escrito após uma crise renal
Cai no conto da minha cilada:
depois de medicada,
dor camuflada,
achei que daria pra dar aquela driblada…
esticar mais um pouquinho e cumprir a programação que estava pla-ne-ja-di-nha….😵💫
Claro que não deu e quando o médico disse “você vai internar e precisa operar hoje”, fui e voltei no looping do trauma de quem tem que parar tudo, de quem ‘perde’ o controle que, na verdade, não existe.
A “Pedrita” vem me lembrar o quanto o corpo é soberano, o quanto quando assusto:
perco de vista o limite…
Me vi com raiva da dor, das coisas serem como são, e olha eu ali tentando conter de novo…
custo me dar conta que isso me atrapalha, que quase tampa a sabedoria deste mesmo corpo que se desarmou pra se manter vivo!
Quase me faz esquecer que meu fluxo,
ainda que em outra velocidade,
agora é meio que uma luta pela vida,
por me sentir viva,
pra fazer valer a vida!
Não é sobre não ter planos,
ou não ter sonhos,
mas sobre não me tornar refém,
aprender inclusive,
a me desapegar deles,
diante da vida que com toda simplicidade me conta:
não há controle, MAS…
tem sempre algum caminho a seguir.